segunda-feira, 11 de abril de 2011

PsicAnálise de Insetos ,

(...) amargurada de pesadelos hoje acorda em meio a um sonho e se fixa nele como uma aranha numa teia, agarrando cada fio como se tecidos de esperança. Esta porém, tece, acolhe mas não receia bons sentimentos, suas linhas de cordas finas de feitio para prender não apenas uma pessoa em pensamento e sim todos aqueles que trouxerem com o mesmo uma asa de sentimento. Estes por sua vez voaram até ficarem presos nas minhas correntes de seda, ainda que consigam fugir e seguir sua rota, flutuaram de volta ao perceberem que há ainda um fio indesejado. A aranha desvencilha-se aos poucos de suas brincadeiras com a corda de dor mas pára pra observar e ainda sorri da borboleta que se contorce e esmorece com a idéia de jamais poder beijar outras flores e se fartar do doce néctar e do pólen dos jardins. A aranha não deveria, mas sente uma plena alegria em saber que alguém assistirá o entardecer com remorso e ainda grita aos prantos olhos que este é o sonho dela que se concretiza. Pobre criatura de asas coloridas que já não pode mais voar, apenas cria ilusões em poderio magistral, somente tenta encontrar em si mesma a saída que não se encontra ali . A teimosa aranha não deveria gostar disso tudo, mas caso o inferno a espere ela até gosta.