quinta-feira, 7 de julho de 2011

• Me abraça?

 E me faz inexistir neste mundo de solidão. Pode me sequestrar, me levar embora no seu cavalo branco. Não é branco? Tudo bem, nunca me importei com as cores nas histórias. Não há cavalo? Então vamos a pé, mas vamos logo que vai chover.  Me cobre com teu casaco se eu me molhar, me segura no colo pra atravessar as poças. Eu imaginei e reimaginei mil vezes essa história. E hoje já acredito que minha torre está um pouco alta demais pra você.
Já pensei várias vezes em pulá-la sozinha, mas quem me seguraria no colo caso eu chegasse ao chão?

E quem disse que eu não posso voar? Este não conhece o tamanho dos meus sonhos. 
Sou transformável de uma forma que em mim guardo o jovem e o ancião. Maturidade não vem com o tempo mais sim com o clima e a vontade de fazer essa maquiagem. Não somente as roupas são vestíveis, mas também minhas asas. Não só o que pode ser vivido é o agradável, porém eu me mudo de acordo com a desagradabilidade também.
Ah, desisto dessa torre. Essas masmorras de tristezas não podem ter sido construídas pra mim!