Essa sensação estúpida de sentir e não dizer. Ter a vontade de chorar e não deixar o pranto escorrer. Esse jeito de esconder dores em sorrisos e criar sobre o precípicio o meu próprio paraíso. Brioso sentimento. Sínico amigo. Torna-me sonhos vivos, presa em utopia de verdade. Arrogãncia de bem-estar que faz-me ignorar toda a vontade de viver a realidade.
Porque quando acordo me deparo em algo diferente de tudo que imaginei. Iludida criança me tornei. Interesse Industrial que de todos fazem refém, estão amando as coisas e usando as pessoas.Que mundo estranho esse com que me deparei. No meu mundo eu via o Sol nascer e a Lua adormecer entre colinas por onde eu mesma me escondi, pra fazer com que achassem que eu nunca estive ali e sumir dos olhares desleais.
Devaneio intrépido de gargalhadas falsas nesse mundo de sonhos dourados, pessoas que estupidamente esperam a mudança global desse sistema capitalista. Mas meu discernimento é maior.
Desse mundo de competição de lucros e especulações que fazem as classes se desavirem e dividirem eu quero apenas a rede e o travesseiro para que eu possa apenas voltar a sonhar transitóriamente até pousar num paraíso feito por mim...
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