domingo, 14 de novembro de 2010

☼ Recordações

E o céu assopra.
 A brisa que chega acaricia seu rosto e seca veemente suas lágrimas,
dá-lhe uma gota de confiança,
 afaga sua alma e chega até a acalmar,
 mesmo que ainda pouco, seu coração.
 Observa o céu.
Ele resplandece suntuoso e reluzente,
brilha como em conseqüente de mil sóis.
Nunca reparara algo tão lindo em momentos felizes,
 sente que hoje o infinito se faz célebre para te completar.
 Relembra e sente a tempestade que se forma por dentro,
 sente o palpitar entre raios tornar-se mais forte, mais potente e isso dói...
E novamente insistente gota d'água da enchente que se fez no interior transborda pelos olhos.
Você sabe que não adiantaria, você não poderia, você não devia chorar!
Repugne a idéia de mostrar que sofre, sente falta e daria tudo por aqueles tempos.
E que tempos... Ilusórios [?]
Você lembra de que um dia sorriu e foi feliz de uma maneira
que nem você sabia. Era tudo perfeito.
As brincadeiras não cessavam, o mundo não parava
melhor ainda que parasse. O tempo estava agradável ali.
Arrepios surgem, não por frio, mas por desconforto.
Estas lembranças não te fazem bem.
As risadas não existem mais e hoje só por pensar que está só,
lembrar como tudo se denegriu e morreu, como não há como voltar
a enchente que havia em ti torna-se uma inundação alagando sua face.
A brisa parece ser caridosa, vem lhe chamar a atenção novamente
Traz consigo aquele fio de esperança que abre um sorriso meia boca.
Ela cochicha e clama, fecha os olhos e escuta:
"Hoje você sente falta não só de tudo que passou
mas também das matrizes que montou de um futuro que foi perdido,
mas o céu te alegra somente por brilhar
Brilhe todos os dias e se torne a alegria da vida de alguém
Monte cada dia de sua vida um novo futuro, porque se o amanhã já passou
um futuro foi com ele, vários estão por vir."

                   Aí se encontra a felicidade ~

Beijos Cintilantes de uma admiradora desse  esplendor aéreo *-*

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